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A construção civil pode ser sustentável? Confira estes exemplos e saiba a resposta

Postado em 31 de janeiro de 2022

Você já reparou como boa parte da sociedade vem mudando seus hábitos? As pessoas estão mais preocupadas com o meio ambiente, e com isso surge a necessidade de construções mais sustentáveis.

Aliás, tornar a construção civil sustentável não somente é possível, como é um tema indispensável para qualquer empresa do ramo.

Um grande desafio na minimização dos impactos provocados pelas construções é a grande quantidade de resíduos e entulhos gerados nos canteiros de obras.

As nocivas atividades de extração de matéria-prima e o elevado uso de energia elétrica também geram preocupação.

Então, quando falamos sobre sustentabilidade na construção civil, falamos da adoção de práticas, durante e após as construções, para reduzir os impactos ambientais.

A sustentabilidade também busca potencializar a viabilidade econômica e proporcionar uma boa qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.

Algumas formas de fazer isso é reutilizando materiais, definindo alternativas para a exploração dos recursos naturais e encontrando novas formas de gerar e economizar energia.

Além disso, essas ações desempenham um papel fundamental para tornar os processos economicamente viáveis.

E não podemos esquecer que, além da questão ética e ambiental, a sustentabilidade é uma demanda por parte dos clientes finais.

Mas, se você não acredita que seja possível criar construções sustentáveis, veja os exemplos que separamos.

1. Centro de Cultura Max Feffer

Já ouviu falar sobre o Centro de Cultura Max Feffer em Pardinho, São Paulo? Ele foi idealizado pelo arquiteto Leiko Motomura e construído com técnicas ecológicas inovadoras e sustentáveis.

O prédio conta com uma estrutura de bambu, um material sustentável leve e durável. E o projeto foi executado para aproveitar as dimensões naturais do material, sem precisar cortá-lo ou serrá-lo.

Na cobertura, foram utilizadas telhas ecológicas Onduline de cor branca. Este material é sustentável de alta resistência, leve e com alta durabilidade. Já a pintura clara oferece o benefício adicional de diminuir a absorção de calor, possibilitando economia de energia.

No escoramento da laje do prédio principal, foi usado eucalipto reaproveitado de outras construções. Para as paredes foram utilizados tijolos de demolição e chapas de ferro industriais como gradis nos espaços de uso comum do prédio.

No solo, através de uma técnica de permeabilidade, foi feito um sistema de drenagem com garrafas PET. Além disso, o complexo possui um sistema de coleta de água de chuva, usada para limpeza e jardinagem, o que possibilita redução na conta de água.

A construção possui a certificação LEED (certificação para construções sustentáveis) e adota outras soluções sustentáveis, como o aproveitamento de materiais reciclados para construção de pisos e baixo consumo de energia elétrica, devido ao aproveitamento da luz natural.

 

2. Centro Sebrae de Sustentabilidade

O vencedor do prêmio BREEAM Awards 2018, como o melhor edifício sustentável das Américas, foi projetado pelo arquiteto José Portocarrero.

Na construção foram usadas técnicas construtivas da cultura indígena, que possibilitaram maior conforto térmico aos ocupantes do espaço.

O projeto, localizado em Cuiabá, também destaca-se pela utilização da luminosidade natural, facilidade de resfriamento dos ambientes internos e captação da água de chuva para uso na lavagem de pisos e na irrigação dos jardins.

Além disso, o prédio conta com painéis fotovoltaicos que permitem economia energética.

3. Palácio Capanema

Uma construção sustentável também leva em consideração a adequação de materiais para o clima da região em que serão utilizados.

Pensando no clima úmido e quente do Rio de Janeiro, Roberto Burle Marx, responsável pelo paisagismo do Palácio Capanema, usou em sua estrutura madeiras de reflorestamento e concreto armado.

A edificação destaca-se entre os exemplos de sustentabilidade na construção civil por exibir um elegante “telhado verde”, que utiliza espécies nativas da Serra do Mar.

A cobertura ecológica forma uma camada de isolamento que possibilita a redução de ruídos e do calor. Isso contribui para diminuir as contas de energia, uma vez que o ambiente tem menor necessidade de aquecimento ou resfriamento artificiais.